segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Incapaz. Fim. Destino

Hoje me deparei com uma das situações mais inesperadas da minha vida. Sabe quando acontece uma coisa com você , que você achava que só era possível de acontecer com os outros? E o pior, você ainda pensava: como as pessoas deixam acontecer uma coisa dessas? É, eu deixei. E sem perceber. Eu simplesmente achava que não aconteceria comigo.
Vou esclarecer tudo. Depois de passar pelas diversas etapas de um concurso, eu fiquei reprovada. Antes eu só conseguia associar a palavra "reprovação" a ser mal sucedido em alguma prova. E só imaginava essa prova sendo uma prova escrita, onde eu tivesse que utilizar todo o meu conhecimento e, se ele não fosse o suficiente, eu seria, então, reprovada. Mas não foi isso que aconteceu. Por essa primeira etapa, que sempre julguei a mais difícil e a única capaz de me derrubar, eu passei com certa facilidade até. Aí começaram os outros testes. Teste de saúde onde eu fui submetida a uma enorme quantidade de exames e onde, por incrível que pareça, eu esqueci de levar meus óculos para o exame OFTALMOLÓGICO.. como assim? uma pessoa vai fazer um exame de vista e esquece os óculos? Sim, esqueci. (Pelo amor de Deus, não me chame de irresponsável. Sou capricorniana e, odeio que me chamem de irresponsável - mesmo concordando que eu tenha sido uma ). Esse pequeno grande erro poderia ser o fim de toda uma trajetória. Juro que tentei arrumar alguém que me emprestasse aquele par de lentes que nunca tinham sido tão importantes na minha vida. Até consegui, mas depois a pessoa sumiu. Fiquei sentada na sala de espera rezando para que o próximo médico ao qual eu seria encaminhada não fosse o .. - Nathália Balderramas, oftalmologista! .. é, não deve nem ter dado tempo de rezar direito. Entrei na médica com uma cara de fui irresponsável, mas não me critique, contei minha triste história e a filha da mãe, rindo com um ar de deboche, me deu um belo de um esporro e disse: "Pra sua sorte não vai dar nenhum problema". Mesmo tendo achado a mulher muito da nojenta, eu acreditei no que ela disse (pra variar um pouco, acreditei demais nas pessoas..). Saí dali mais aliviada e falei pro meu pai não se preocupar, que estava tudo sob controle.
Dias depois, saiu o resultado dos exames de saúde. "Incapaz para o fim a que se destina". Li isso e fiquei paralisada em frente ao computador. Me sentia apenas incapaz e sem destino. E pensava incansavelmente: será esse o fim de toda essa história? Os amigos tentavam me acalmar, mas eu suava frio. Comecei a ficar desesperada, procurando o que eu ainda podia fazer pra salvar esse meu ano de estudos frustado. Mesmo sabendo que todos falavam pro meu bem, não aguentava mais ouvir coisas do tipo "Deus sabe o que faz", "Se não foi, não era pra ser". Parecia que comigo nada era pra ser.
Até buscar o laudo médico, além de todos esses sentimentos, eu ainda estava com um medo absurdo do problema acusado não ser a falta dos óculos. Fiz exames que nunca tinha feito na vida, vai que eles descobrem algum outro problema? Felizmente, eu era incapaz para o fim a que me destinava por ser míope, apenas por isso. Tentei até pedir o recurso, pois achava que o problema tinha sido a minha irresponsabilidade e esquecimento. Meu médico me garantiu que de resto estava tudo bem.
Cheguei no hospital hoje confiante (depois de uma grande maratona pra pegar o laudo, correr atrás do médico, entrar com o recurso). E depois de mais uma maratona de exames (dessa vez, só na vista) o médico, cheio de dedos me disse que realmente não tinha jeito. Eu realmente era incapaz pra parada lá, nem sei mais se posso chamar aquilo de fim a que me destinava. Será que meu destino estava realmente lá? Fiquei com cara de tacho, confesso. Segurei o choro e evitei ao máximo olhar pras feições de tristeza do meu pai (que me acompanhou em todas essas etapas). Saí do médico com uma sensação que nem eu sabia explicar. Pensava: "Deus sabe o que faz", "Se não foi, não era pra ser". Justo aquelas coisas que eu nunca gostei de ouvir, mas que nessas horas servem sempre como consolo.
Ainda não sei o que vai acontecer daqui pra frente. Se quiser realmente seguir a carreira militar, preciso operar a minha miopia. Se quiser me encontrar de verdade, acho que preciso apenas abrir a minha mente e deixar que tudo aconteça como for melhor pra mim (mesmo que isso signifique realmente me submeter a tal cirurgia).

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O amor é o ridículo da vida ...

Como disse o sábio Cazuza, o amor é mesmo o ridículo da vida.
O ser humano torna-se ridículo quando esta amando.
Sente coisas ridículas.
Faz coisas ridículas.
É ridículo.

Mas não adianta. Amar faz o ser humano ter as piores sensações e, junto delas, as melhores sensações também. Sentir um friozinho na barriga toda vez que encontra com a pessoa, ouve a sua voz ou, simplesmente, vê a janelinha do msn subir é uma sensação indescritível. Pensar na pessoa em cada espaço de tempo, imaginar as coisas, sonhar acordado.

Está aí o grande problema. A parte ridícula do amor é essa. Deixamos toda a razão de lado e nos entregamos. Criamos expectativas e, quando essas expectativas não sáo correspondidas... onde vai parar, meu Deus, o amor ?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

mais uma dose ....

O ser humano precisa aprender a lidar com as diferenças.
Caso contrário, viver torna-se tediante, ou pior: impraticável.
Nem sempre isso é fácil... na verdade, eu acho muito difícil. Ter que aceitar que fulano tem princípios diferentes dos seus, ou que ciclano mentiu pra você porque tinha "medo" que a verdade te abalasse mais do que a descoberta da mentira... tentar entender o motivo de todos poderem te zuar a vontade e, quando você vai zuar alguém o mesmo revolta-se e te diz: nunca mais faça isso!
Não ter vontade de fazer certas coisas no dia da sua TPM e ser considerada uma chata (até você concorda com isso...), mas ter que tentar achar tudo lindo quando sua amiga está passando pelo mesmo período.
A gente nem sempre pode falar tudo o que temos vontade... desse jeito, acabamos sendo grosseiros e dizendo coisas desnecessárias. É mais ou menos saber que gosto não se discute, mas fazer questão de discutí-lo, mesmo sabendo que isso não vai te levar a nada! (ok... você vai produzir uma boa quantidade de saliva, a pessoa pode acabar te achando o "ser divino" mais chato do mundo, podem acabar brigando, rolando no chão... enfim, nada de útil!)
Eu já nem lembro mais o assunto inicial, mas vou parar por aqui...
odeio mentiras, mas verdade e sinceridade têm que vir sempre acompanhadas de uma boa dose de educação né...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Haja paciência ...

Paciência para que eu consiga não cansar da minha falta de paciência .
Paciência para que eu consiga entender que as pessoas são diferentes e, com isso, têm comportamentos diferentes.
Paciência para que eu pare de ficar estressada sozinha com atitudes que eu considero ridículas.
Ter paciência é um dom e, definitivamente, um dom que eu não possuo.
Preciso aprender a falar direito com as pessoas quando sou contrariada.
Preciso aprender a ficar calada quando sei que serei prejudicada pelas minhas palavras.
Preciso aprender tanta coisa, que não vejo outra saída a não ser parar de achar que posso solucionar todos os meus problemas domando a minha dose exagerada de falta de paciência ...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O real abstrato. O abstrato real .

Escrever sempre foi o meu método preferido de conversar comigo mesma ... escrevo pra desabafar, pra elogiar, pra criticar, pra refletir.

Acredito que sou muito melhor com as palavras escritas do que com as palavras ditas e, de certa forma, acredito que tudo o que escrevemos fica marcado para sempre. Já o que falamos, pode sair de nossas bocas e depois ir voando com o ar, nunca mais sendo lembrado com exatidão e ficando apenas aquela lembrança, bem remota ...

É muito raro eu escrever sobre algo completamente abstrato. Gosto de coisas reais, que vivencio e que posso falar sobre elas com uma certeza inquestionável. Porém, gosto muito de tentar estudar o comportamento alheio, as atitudes - coisas que considero "reabstratas", uma mistura bem interessante do que sentimos e fazemos .


Vamos ver no que dá ...